terça-feira, 24 de maio de 2011

Argumento esquemático

1 º Premissa – A regionalização permite atenuar as disparidades regionais existentes.

2º A regionalização permite um encurtamento de espaços entre as pessoas e os seus representantes.
3º Maior equidade na distribuição dos dinheiros públicos.
4º - A regionalização permite às regiões deter poder negocial alargado aumentando assim a sua autonomia.

5º A regionalização quando bem implementada consegue gerar uma maior riqueza e maior democratização.
1 º Premissa – A regionalização permite atenuar as disparidades regionais existentes.

Hoje assistimos a um país a dois ritmos diferentes, e dividido pela classe política como os "mais fortes" e os "mais fracos".
Assistimos á vertente do país em que o pib per capita está constantemente em crescimento, onde os investimentos são uma realidade, em que o desemprego é mais baixo, a densidade populacional elevada e os poderes partidários realizam as suas obras megalómanas. Falamos dos grandes centros, como Lisboa, Porto, Etc.
Porém existe também, a outra face da moeda, regiões onde os dinheiros públicos demoram imenso tempo a chegar, onde o desenvolvimento e a criação de estruturas para a melhoria de vida se encontram estagnadas, e onde a densidade populacional é quase nula imperando apenas a presença da população mais idosa.
A regionalização irá permitir por si só uma melhor distribuição dos dinheiros públicos, descentralizando os investimentos, criando condições e estruturas para o desenvolvimento das regiões em decadência e assim permitir a imensas pessoas um melhor nível de vida.
Com o desenvolvimento acima transcrito irá ser mais fácil a deslocação das pessoas dos grandes centros onde o trânsito é caótico, a poluição imensa, as redes de transportes urbanos fraca, e a densidade populacional por metro quadrado exponencial, para as regiões hoje desertificadas. Não só pelo acréscimo de melhoria de vida que irão ter, mas também, pelo desenvolvimento que essas regiões vão estar afectas, quer através da implementação de novas estruturas sociais, quer com desenvolvimento económico adjacente ao aumento de número de pessoas e posteriores investimentos que vão levar a que regiões altamente decrescentes sejam altamente produtivas e capazes de gerar receita. Receita essa que no futuro seja utilizada na sua própria melhoria, deixando assim de contribuir para os tão desgastados deficit e passar e ser parte integrante dos pouco ou nada utilizados superavits
Através da implementação da regionalização, num futuro teremos um país mais coeso, com menores desigualdades sociais, onde o desenvolvimento de todas as regiões é notório e assim a contribuição para uma democratização e uniformização de oportunidades seja cada vez maior construindo um futuro sustentável.
 Contudo, tenho que afirmar que a regionalização não é o antídoto eficaz a 100% nem de longe nem de perto, mas será melhor tentarmos resistir ao fracasso do que desistir das melhorias mesma por poucas que sejam, ao invés de continuar a pactuar com o aumento das disparidades através deste regime de poder centralizado.
2º A regionalização permite um encurtamento de espaços entre as pessoas e os seus representantes.

Hoje em dia, as pessoas têm uma imagem negra da classe politica portuguesa, da qual dizem ser toda farinha do mesmo saco e chegando a reclamar alguma falta de audição das populações por parte do poder central que está instalado.
A actual organização do país permite com que a administração central e os eleitores se sintam cada vez mais dispersos, fazendo com que a falta de desenvolvimento de algumas regiões seja notório.
Através da contribuição da actual cultura centralista, estamos a pactuar com uma falácia, pois quem toma decisões afectas às regiões, são nada mais, nada menos do que pessoas sem legitimidade pois não foram eleitas pelo povo para tal, e assim limitam o futuro das regiões sem que os eleitores possam fazer apreciação do trabalho realizado através da do voto.
Com a implementação da regionalização as pessoas irão eleger aqueles com que mais se identificam para conduzirem o futuro da sua região, e deitar por terra a má gerência e falta de conhecimento por parte daqueles que tomam decisões sem conhecer as verdadeiras necessidades. Contribuindo esta aproximação entre pessoas e seus representantes para beneficio da população, e não para beneficio das clientelas existentes na classe politica.
3º Maior equidade na distribuição dos dinheiros públicos
È de conhecimento de todos que as nossas finanças públicas estão degradadas,  a má gerência perdura nos gabinetes da estrutura pública, de uma administração central super-gastadora a viver acima das suas possibilidades e a gerar uma divida pública quase impagável.
Com a implementação da regionalização iria existir maior eficácia e eficiência na gestão dos dinheiros públicos devido á competitividade que se iria gerar entre regiões, cada região iria gastar consoante as suas receitas, detendo assim uma autonomia própria que levava a que os gestores realizassem uma gestão pro-activa sob pena de serem julgados na praça pública pelos seus fracassos ou até pelo seu bom desempenho.
Para terminar salientar que através da causa que defendo, aqueles investimentos centralizados megalómanos, sem qualquer utilidade pública desajustados e meramente gastadores iriam terminar gradualmente, passando assim a uma gestão sustentada no desenvolvimento de todas as regiões, a um nível uniformizado, para que no futuro tenhamos um nível de vida digno em todas as partes deste pequeno país, mas ao mesmo tempo adequando às necessidades de cada população e á sua realidade. Caso a causa que defendo não seja implementada vamos continuar a viver num país com elites, com regiões a reboque de outras, e altamente prejudiciais ao bom funcionamento de um país coeso e desenvolvido.

4º - A regionalização permite às regiões deter poder negocial alargado aumentando assim a sua autonomia.

Muitas das regiões do país não têm uma ferramenta básica ao desenvolvimento de certas regiões que se denomina poder negocial, apenas existe poder negocial no poder central, fazendo com que as juntas de freguesias e autarquias funcionem a reboque deste centralismo desenfreado. A regionalização prevê que com a sua implementação seja atribuída a cada região o pode negocial necessário para o bem funcionamento das mesmas e assim permitindo a cada uma adequar as suas necessidades aos recursos existentes, deixando cair por terra aquela velha máxima de que o estado paga sempre mais do que aquilo que é necessário, e fazendo com que se poupe milhares de euros e se combata uma realidade que se chama clientelas partidárias ou amigos dos governadores, com os quais estabelecem parcerias sem sentido de estado mas com o intuito de satisfação pessoal.
Através da atribuição de poder concedida às regiões vai ser possível muni-las de estruturas outrora inexistentes, que ficarão ao serviço da população por valores inferiores ao que ficavam com a estrutura centralizada. Dando um enfoque especial á utilização das empresas integrantes dessa mesma região como potenciais fornecedores, contribuindo assim para uma cultura de desenvolvimento de cada região através das suas gentes.
5º A regionalização quando bem implementada consegue gerar uma maior riqueza e maior democratização.
Muitos críticos apoiam a posição de que a regionalização só irá contribuir para o aumento da corrupção e para a criação de mais lugares remunerados na política. Esta ideia é um mito, porque através da regionalização não só a corrupção vai diminuir a nível gradual mas a representatividade torna o povo parte cada vez mais integrante da vida da sua região, fazendo com que aumente a supervisão e a transparência da gestão pública.
Através da descentralização é ainda permitida a resolução de problemas que o estado central jamais poderá resolver, fazendo assim com que o povo se sinta mais útil e a democracia impere, num momento tão conturbado da política e vida dos portugueses.